Em Barcelos, vereador Eduardo Militão causa polêmica ao exigir rito burocrático e atrasar votação para assistência a comunitários

Uma sessão recente na Câmara Municipal de Barcelos foi palco de um embate acalorado envolvendo o Vereador Eduardo Militão (MDB), conhecido na cidade por seu temperamento forte. O incidente ocorreu durante a discussão de uma pauta aparentemente simples, que visava agilizar o atendimento a famílias de comunidades distantes, permitindo que retornassem rapidamente para suas casas.

A proposta, apresentada pelo Vereador Klinger Oliveira (PT), solicitava uma pausa na sessão para que as famílias pudessem ser atendidas sem demora. No entanto, Militão insistiu que a votação seguisse o protocolo regimental da casa, em vez de uma votação simplificada, o que resultaria em um atraso significativo no atendimento aos comunitários.

A postura do parlamentar durante a sessão gerou atrito com a assessoria da mesa diretora, evidenciando o “destemperamento no trato com as pessoas” que, segundo relatos, é uma característica marcante de sua atuação política na região.

Quem presidia a sessão era a Vereadora Lanna Raquel (Podemos) que por vezes tentou que o vereador votasse para adiantar o atendimento, mas o vereador seguia de maneira ríspida atacando o servidor Roberto dos Santos.

O episódio levanta questões sobre a flexibilidade dos procedimentos legislativos em face das necessidades urgentes da população, especialmente em municípios como Barcelos, onde a logística para acesso a serviços públicos pode ser um desafio para moradores de áreas remotas.

A insistência no “rito burocrático” em detrimento da celeridade para atender cidadãos em situação de vulnerabilidade ressalta a tensão entre a formalidade parlamentar e a agilidade na resolução de problemas sociais.