O Deputado Estadual Carlinhos Bessa (PV) retirou sua assinatura do requerimento que pedia a instalação da CPI do Asfalta Manaus, decisão que gerou fortes críticas e questionamentos sobre sua autonomia política.
Segundo informações, o parlamentar evitou justificar formalmente a decisão, mas nos bastidores a avaliação é de que ele teria cedido a pressões de “forças superiores e ocultas”, reforçando sua imagem de político alinhado a interesses externos e distante da independência esperada por seus eleitores.
A ação busca apurar a aplicação de R$ 187 milhões repassados pelo Governo do Amazonas à Prefeitura de Manaus para obras de asfaltamento. Especialistas apontam que esses recursos poderiam ter sido destinados a setores prioritários, como saúde e segurança pública, áreas que seguem enfrentando graves deficiências. Com a saída de Bessa, somada à retirada de apoio dos deputados Dan Câmara (Podemos) e Cristiano D’Angelo (MDB), a investigação enfrenta mais obstáculos para avançar.
Paralelamente, o parlamentar passou a ser alvo de investigação do Ministério Público Eleitoral (MPE), suspeito de descumprir a Resolução nº 23.679/2022 do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o que pode configurar crime de desobediência, conforme o artigo 347 do Código Eleitoral.
Caso surjam indícios suficientes, ele poderá ser denunciado formalmente. Críticas também se acumulam quanto à sua atuação na Assembleia Legislativa, considerada por opositores como fraca e sem iniciativas relevantes, reforçando a percepção de um mandato pautado por passividade e influência externa.