Nos bastidores da Polícia Militar, o clima parece estar longe de ser harmonioso. Fontes ligadas ao comando da corporação apontam para uma tensão crescente entre o comandante-geral e o secretário estadual de Segurança Pública. O motivo? O comandante tem, segundo relatos, sistematicamente ignorado ou negado atender pedidos diretos vindos da cúpula da secretaria, o que tem gerado desconforto entre os envolvidos.
Enquanto isso, quem vem ganhando espaço e protagonismo nos bastidores é o subcomandante da PM, cuja aproximação política com o secretário tem sido cada vez mais evidente. A avaliação entre oficiais e observadores próximos é de que o subcomandante tem aproveitado oportunidades estratégicas para fortalecer sua imagem pública, frequentemente concedendo entrevistas a veículos de comunicação e jornalistas próximos ao entorno do secretário de Segurança Pública.
Durante o Festival de Parintins, por exemplo, o subcomandante foi visto circulando com desenvoltura entre figuras políticas e recebendo diversos visitantes em sua residência provisória, um movimento interpretado por muitos como uma articulação sutil, mas firme, de sua presença na cena político-institucional.
A suposta divisão interna, ainda que não assumida oficialmente, já começa a levantar questionamentos sobre os rumos do comando da PM e os reais interesses por trás dos holofotes.
